Boas Vindas!

Seja bem vindo ao blog do Departamento de Práticas Integrativas e Complementares à Saúde Bucal da SOBRACID

Este espaço é destinado à divulgação dos eventos e cursos de aperfeiçoamento e formação em homeopatia, assim como das demais práticas integrativas.

Mantenha-se informado fazendo parte dos seguidores deste blog e participe de nossas enquetes para que nossos cursos venham corresponder as suas expectativas e necessidades.



Para conhecer um pouco mais sobre o Departamento de Práticas Integrativas e Complementares da SOBRACID, assista o vídeo de apresentação deste departamento clicando em: www.youtube.com/watch?v=tdVUr8xbk3Y

12 de dez. de 2011

Notícia da 3ª Conferência Internacional sobre a Melhoria do Uso de Medicamentos (ICIUM)

Para discutir o uso indevido de medicamentos nos países de baixa-média renda, ocorreu no mês passado, na Turquia, a "3ª Conferência Internacional sobre a Melhoria do Uso de Medicamentos (ICIUM)", na qual foram apresentados os resultados do diagnóstico situacional feito pela Anvisa nas Unidades Básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Esse estudo analisou, em 2009, a influência da publicidade sobre os responsáveis por indicar medicamentos no SUS. Foram entrevistados 505 médicos, 186 dispensadores de medicamentos e 13 gestores municipais de saúde, em 185 Unidades Básicas de Saúde. O estudo utilizou uma amostra aleatória de estabelecimentos de saúde, que foram selecionados por sorteio. Em cada Unidade, profissionais responderam ao questionário a respeito da propaganda de medicamentos e aos critérios de seleção desses produtos.
Intitulado “Diagnóstico situacional da promoção de medicamentos em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde”, o levantamento concluiu que:
- "ocorre pressão da indústria farmacêutica nas decisões dos gestores em relação à compra de medicamentos, uma vez que sistematicamente eles recebem representantes da indústria que ofertam brindes e impressos sobre os medicamentos";
- "grande parte dos prescritores também é sistematicamente assediada pelos representantes de laboratórios farmacêuticos, que na maioria distribuem folders e amostras grátis seguidas da oferta de monografias ou artigos científicos";
- "a maioria dos prescritores afirmou que as informações apresentadas pelas propagandas podem ser insatisfatórias ou incompletas, porém referiu considerar essas informações ao escolher um medicamento para prescrevê-lo".

O Dr. Marcus Zulian Teixeira, médico homeopata e escritor, comenta que esse é mais um exemplo evidente do "conflito de interesses entre a indústria farmacêutica, gestores e médicos prescritores".
Foi isso o que Hahnemann fez ao validar o princípio da similitude, negando a eficácia terapêutica do princípio dos contrários e mostrando que os sintomas pioravam ainda mais após a suspensão do tratamento enantiopático, em vista da ação secundária (efeito rebote) do organismo, que é utilizado como resposta terapêutica segundo o princípio da semelhança. Mostrando que o tratamento enantiopático piora em muito as doenças crônicas (chegando mesmo a causar danos irreversíveis e fatais), evidenciamos através da "dupla negação" ("hipótese nula" ou "modus tollens" da lógica aristotélica) que o seu oposto, o tratamento homeopático, é a maneira correta de tratar essas mesmas doenças. É isso que vimos reproduzindo, atualmente, com o estudo dos fármacos modernos, tanto na fundamentação científica do princípio da similitude quanto na aplicação dos efeitos patogenéticos (eventos adversos e colaterais) dessas drogas como princípio terapêutico, estimulando o efeito rebote curativo do organismo.

O estudo completo está disponibilizado em:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/6567a80047457a738711d73fbc4c6735/Relatorio_UBS_final_jan2011.pdf?MOD=AJPERES

23 de nov. de 2011

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE HOMEOPATIA COMEMORA 75 ANOS


Por iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV),  foi comemorado nesta terça-feira na Câmara os 75 anos da Associação Paulista de Homeopatia – APH, a maior entidade representativa de profissionais desta área no País.

“A homeopatia é uma especialidade antiga que foi reconhecida pela Associação Médica Brasileira. E a Associação Paulista de Homeopatia completa 75 anos. Não é uma data qualquer, são 75 anos atendendo à população. Fiz questão de fazer essa sessão solene em homenagem aos homeopatas de São Paulo e de todo Brasil”, disse o vereador.
A APH – Associação Paulista de Homeopatia foi fundada em 5 de junho de 1936. Em 1978 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a utilização de práticas alternativas e da medicina tradicional no atendimento primário à saúde. Nos dois anos seguintes, a Homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
“Temos um trabalho institucional muito interessante de atendimento à comunidade, com ambulatórios, cursos de formação para médicos e também temos várias atividades, como congressos e eventos com homeopatas estrangeiros”, disse Rafael Karelisky, médico homeopata e secretário da associação.
Durante o evento, o presidente da entidade, Rubens Dolce Filho, recebeu das mãos do vereador Natalini a placa comemorativa da Câmara em homenagem aos 75 anos da entidade.
Participaram do evento e fizeram parte da mesa Célia Regina Barollo, assessora técnica da área técnica de Medicinas Tradicionais, homeopáticas e práticas integradas da atenção básica, representando a Secretaria Municipal de Saúde; Ruy Tanigawa, representando o Conselho Regional de Medicina de São Paulo; Mário Sérgio Giorgi, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas Homeopatas (ABCDH); Márcia Aparecida Gutierrez, presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas (ABFH); Nilson Benittes, representando o presidente da Associação dos Médicos Veterinários Homeopatas (AMVH) e Carlos Alberto Fiorot,  presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB).

13 de nov. de 2011

O cérebro determina o que é real?

Marcelo Gleiser

Estamos cercados de radiação eletromagnética que não vemos. O essencial é invisível aos olhos
Para que eu esteja escrevendo estas palavras, uma coreografia desconhecida organiza a ação coletiva de milhões de neurônios no meu cérebro: ideias emergem e são expressas em palavras, que datilografo no meu laptop graças à coordenação detalhada dos meus olhos e músculos. Algo está no comando, uma entidade que chamamos de "mente".
Segundo a neurociência moderna, nossa percepção do mundo é sintetizada em regiões diferentes do cérebro. O que chamamos corriqueiramente de "realidade" resulta da soma
integrada de incontáveis estímulos coletados pelos cinco sentidos, captados no mundo exterior e transportados para nossas cabeças pelo sistema nervoso. A cognição, a experiência concreta de existirmos aqui e agora, é uma fabricação de incontáveis reações químicas fluindo por bilhões de conexões sinápticas entre neurônios.
Eu sou e você é uma rede eletroquímica autossustentável, que se define através de sua atuação na malha de células biológicas que constituem o nosso corpo. Mas somos muito
mais do que isso.
Somos todos diferentes, mesmo se feitos da mesma matéria prima.
A ciência moderna destituiu o velho dualismo cartesiano de matéria e alma em favor de um materialismo estrito. Hoje, afirmamos que o teatro do ser ocorre no cérebro e que o cérebro é uma rede de neurônios que se acendem e apagam como luzes numa árvore de Natal.
Ainda não temos ideia de como essa coreografia neuronal engendra a nossa sensação de existirmos como indivíduos.
Vivemos nossas vidas convencidos de que a separação entre nós e o mundo à nossa volta é clara. Precisamos dela para
construir uma visão objetiva da realidade que nos cerca.
No entanto, nossa percepção dessa realidade, na qual baseamos nossa sensação de existir como indivíduos, está longe de ser completa. Nossos sentidos capturam apenas uma pequena fração do que realmente ocorre à nossa volta.
Trilhões de neutrinos vindos do coração do Sol atravessam nossos corpos a cada segundo.
Estamos cercados por radiação eletromagnética de todos os tipos-ondas de rádio, infravermelha, micro-ondas-sem nos dar conta disso. Sons escapam da nossa audição, grãos microscópicos de poeira e bactérias são invisíveis aos nossos olhos. Como disse a raposa ao Pequeno Príncipe: "O essencial é invisível aos olhos".
Nossos instrumentos em muito ampliam nossa visão, permitindo-nos "ver" o que escapa aos nossos sentidos. Mas a tecnologia tem limites, mesmo que esteja sempre avançando. Portanto, uma grande fração do que ocorre escapa e escapará à nossa detecção. O que sabemos sobre o mundo depende do que podemos medir e detectar.
Quem, então, pode determinar que sua sensação do real é a verdadeira? O indivíduo que percebe a realidade apenas com os sentidos? Ou o que amplifica sua visão com instrumentos diversos?
Obviamente, essas pessoas verão coisas diferentes. Se compararem o que chamam de realidade material, o conjunto das coisas que existem à sua volta, irão discordar completamente. Qual dos dois está certo? Eu proponho que nenhum está. Mas vamos ter de continuar essa conversa na semana que vem.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita". Facebook: http://goo.gl/93dHI

8 de jul. de 2011

Conheça o novo livro sobre homeopatia: “Terapêutica dos Venenos de Serpentes”

 Conheça o novo livro sobre homeopatia: “Terapêutica dos Venenos de Serpentes”, um clássico da literatura homeopática escrito por John Henry Clarke, traduzido pela primeira vez em português.

Trata-se de uma edição enriquecida com imagens, índice remissivo, anotações explicando termos médicos antigos e acrescido de textos dos renomados homeopatas Nash, Mure e Hayward. Para saber mais clique no link abaixo.


Além da tradução em português encontra-se disponível também o livro original em inglês que pode ser encontrado no link abaixo.

1 de jul. de 2011

Homeopatia e AIDS na África, um desafio

Homeopatia e AIDS na África, um desafio
Escrevo da Tanzânia, África. Está quente hoje, talvez 38ºC, mas a manhã estava fresca, e no Kilimanjaro havia uma nova camada de neve para decorar as suas curvas. Como de costume, não há água ou eletricidade, mas você se acostuma com isso. Na clínica, esta manhã, vimos um caso de sífilis. Não o miasma sifilítico teórico, mas uma senhora com úlceras enormes nas pernas. O cheiro das úlceras é tão podre e ofensivo que me lembrei de Kent falando dos odores mercuriais que os médicos costumavam cheirar. Eu nunca pensei que eu iria, mas aqui na África você vê de tudo: AIDS, sífilis, lepra escrófula, tuberculose... Mas deixe-me voltar ao início.
Eu me mudei para a Tanzânia em 17 de novembro de 2008. Três meses depois vieram Camilla e nossas três crianças pequenas. Este foi o início de um novo capítulo em nossa vida, nossa missão de tratar a AIDS na África com a Homeopatia clássica. Na época, não tínhamos ideia de quais os obstáculos estariam em nosso caminho. Em muitos aspectos, fomos ingênuos, mas provavelmente isso era uma coisa boa. Nossa viagem, na verdade, começou dez anos antes.
Mais importante, eu tinha tratado vários casos de AIDS e tinha visto o que a Homeopatia pode fazer. Homeopatia é particularmente eficiente na AIDS, pois estimula o sistema imunológico. Com uma estimativa de 28 milhões de pessoas na África sofrendo com a doença, minha esposa e eu sentimos que era nosso dever, assim como nosso privilégio, fazer o que pudéssemos para ajudar. Nasci na África, assim como meus pais e avós, de certo modo eu estava voltando para casa.
Meu plano inicial tinha sido me concentrar na pesquisa. Eu queria uma pesquisa ética, uma prova clara, que pudesse mostrar ao mundo o que a Homeopatia pode realizar com na AIDS. Meu colega Tina Quirk e eu passamos dez anos escrevendo protocolos, à procura de parceiros acadêmicos e fundos, mas descobrimos que há uma abundância de dinheiro para a AIDS e para a África, mas nada para a Homeopatia. Percebemos que, com ou sem oportunidades de financiamento ou de investigação, era hora de simplesmente se levantar e fazer. Assim o fizemos. Felizmente, tenho uma esposa homeopática muito corajosa.
Dois anos depois, não temos arrependimentos. Tem sido uma jornada incrível de realização, milagres, frustrações, obstáculos, política, descobertas, luta e, por fim, sucesso. Hoje, temos dez clínicas rurais. Foram tratados 1.200 doentes. Trabalho no hospital local, os pacientes estão migrando para as clínicas e solicitando mais da Homeopatia e os médicos estão perguntando sobre o que estamos fazendo. Conhecemos a AIDS africana como se conhecêssemos um bom amigo e temos nos concentrado mais nos remédios epidêmicos. Nossa taxa de sucesso é algo entre 90-95% na redução substancial dos sintomas e alívio dos efeitos colaterais.
A fama dos nossos sucessos já se espalhou por toda a parte, e os líderes das aldeias estão constantemente nos pedindo para ver as muitas PVHA (pessoas vivendo com HIV/AIDS). Médicos e hospitais estão surpresos e interessados. Quanto aos voluntários, visitas de curta duração são educativas, mas para expandir o projeto precisamos de profissionais a longo prazo, o que significa que devemos expandir a nossa infraestrutura. Isso leva à angariação de fundos e organização, as duas coisas que eu posso fazer, mas que, pessoalmente, não sou fã. Nós já iniciamos a capacitação para habitantes locais e conseguimos estudos homeopáticos em tempo integral para dois alunos.
Sempre que perguntamos a um paciente sobre os sonhos, um sorriso de satisfação e reconhecimento se espalha sobre seu rosto. "Esse médico sabe para onde olhar!". A África vive em um sonho. Suas raízes estão no mundo sombrio de mistério e magia. Ao interpretar o sonho e combinando seu entendimento com a nossa percepção da totalidade, podemos penetrar o caso e encontrar um medicamento. Atualmente, podemos mais ou menos diagnosticar se o paciente é HIV positivo ou se está tomando medicamentos anti-retrovirais simplesmente pelos sonhos.
Não se pode pretender curar a AIDS por várias razões. Primeiro, não há tal terminologia na medicina convencional, ela simplesmente não existe. Eu poderia supor que se um paciente estiver assintomático e livre de vírus por cinco anos esta seria uma prova. Enquanto nós temos dois anos de follow-ups de muitos casos e os pacientes permanecem assintomáticos durante este período, este é apenas uma evidência anedótica.
O teste padrão convencional para a AIDS é a contagem CD4, a quantidade de células imunológicas no sangue. Percebemos que este teste é um indicador bastante pobre, impreciso e, mais importante, mostra apenas a quantidade de células CD4, não a sua qualidade. Costumamos ver a contagem de CD4 cair depois de um bom remédio, mas um par de meses depois ele começa a subir e depois de 3-12 meses, em muitos casos revelam um aumento incrível na CD4. Enquanto pacientes com AIDS no ocidente fazem um teste de CD4 uma vez por mês, nas aldeias onde trabalhamos as pessoas costumam ter uma ou duas vezes por ano.
A carga viral (contagem de HIV) é outra questão. Parece responder bem e com eficiência, mas não podemos ter certeza. O teste de carga viral é muito caro, em torno de 80 dólares. Não há nenhuma maneira de hospitais e autoridades locais disponibilizarem, e por isso é feito muito raramente (no Ocidente, a maioria dos doentes com AIDS têm exames de carga viral regularmente). Dos poucos casos em que os nossos pacientes tiveram o exame de carga viral, vários tiveram um resultado surpreendente: "o vírus não detectado". Isso é bastante surpreendente e tem intrigado os médicos. A justificativa normal, porém, é que o vírus é simplesmente indetectável e se esconde na medula, cérebro ou fígado. No entanto, em longo prazo, esses resultados poderiam ser conclusivos. Eu gostaria que pudéssemos ter este tipo de exame em nossa coleta de dados, mas sem fundos para a investigação de longo prazo não há muito que podemos provar. Evidência anedótica não impressiona ninguém.
Não ter pesquisa prévia é igual a não ter financiamento, e não ter financiamento é igual a não ter pesquisa séria. Por trás disso, porém, reside a verdade mais profunda que a maioria das instituições estão com medo de associar-se com Homeopatia. Mesmo se nós tivermos recursos, nós precisaríamos solicitar a aprovação ética. Isso pode levar até dois anos e você precisa, é claro, encontrar um parceiro acadêmico. É preciso também tomar cuidado para não expor os planos muito cedo, porque os inimigos da Homeopatia tentam e conseguem evitar qualquer pesquisa.
Minha pesquisa pessoal está em encontrar um gênio epidêmico e torná-lo simples de usar, para que possamos espalhar por toda a África. Seria conveniente buscar um único remédio para a AIDS. Às vezes eu fantasio sobre isso, sobre um remédio combinado ou um único remédio da melhor escolha. Estou certo de que ele poderia ser bastante eficiente e, certamente, mais fácil de distribuir.
Nós já identificamos cerca de 20 remédios que se encaixam no gênero local da AIDS. Se funcionam em outras regiões e países ainda precisamos ver. Pretendo publicar uma lista completa dos medicamentos ainda este ano, pois me sinto confiante de que é um bom começo para o processo. Para conseguir isso eu preciso trabalhar no hospital um pouco mais, onde a quantidade, intensidade e gravidade dos casos é maior e onde temos acesso a exames.
Nossa política é de estrita não ingerência em relação à Medicina convencional. Há um perigo de parar os ARVs e o vírus sofrer mutações rapidamente, e aqui reside o problema. Não há dúvida de que a medicação anti-retroviral prolonga a vida das PVHA. Mas enquanto os pacientes no ocidente têm acesso a 15 ou mais linhas de anti-retrovirais, aqui há um máximo de dois. Uma vez que estes deixam de funcionar, e é o que ocorre, não há mais nada que possa ser feito e o resultado é o fracasso do tratamento e, provavelmente, mais mortes. Não há dúvida de que os ARVs prolongam a vida. Uma das coisas surpreendentes que descobri é quão homeopáticos eles são em sua ação. Eles podem imitar muitos dos sintomas da epidemia: dormência, fraqueza, língua negra a visão monótona, alta de apetite, febre e assim por diante.
Nós sobrevivemos com muito pouco, o suficiente para passar de mês para mês. A maior parte do nosso financiamento vem da nossa própria poupança e os homeopatas maravilhosos e pacientes que ajudam com o que podem - Obrigado, queridos amigos! No entanto, ainda não há dinheiro dos "caras grandes" e é pouco provável que venha. Um doador rico, no entanto, poderia resolver isso, já que o que é necessário não é um grande orçamento. Dinheiro para pesquisa, uma escola, infraestrutura, divulgação. Então, se você conhece alguém rico, tenha uma palavra com ele. Cada centavo aqui tem um longo caminho.
Na próxima semana Homeopatia para a saúde na África vai participar da Maratona de Kilimanjaro. Apenas a versão de cinco quilômetros. Nós temos dez pessoas em nossa equipe, todos com a nossa camiseta e muita boa vontade. Muitas vezes as pessoas me perguntam se eu já quis subir o Kili. Isso não é pra mim, é muito frio e muito alto! Mas quando eu o vejo todos os dias, lembro que temos uma grande montanha para escalar.
Que pena que os governos dos países em desenvolvimento não promovem ainda mais a Homeopatia. É o remédio perfeito para países em desenvolvimento e a medicina perfeita para AIDS: sem efeitos colaterais, barata e, sobretudo, extremamente eficiente. AIDS, no entanto, é um grande negócio na África e ninguém gosta de pessoas que se intrometem em grandes negócios. Ainda assim, estou certo de que iremos vencer. A Homeopatia vai prosperar muito tempo depois que nossos inimigos se forem. Viva a Homoeopatia!
Jeremy Sherr
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do texto em português. PDF anexado no e-mail
CLIQUE AQUI para ler a versão original do texto em inglês, publicada na edição de maio da revista online Interhomeopathy.

26 de mai. de 2011

Lei autoriza uso da homeopatia na prevenção da dengue em Natal

Realizar estudos para o uso de medicação homeopática no combate e prevenção da dengue em Natal. É este o objetivo da nova lei sancionada pela prefeita do Natal, Micarla de Sousa, na manhã desta quarta-feira (25) em solenidade realizada no Palácio Felipe Camarão.

“Faço uso da homeopatia há muito anos e sei o quanto isso tem ajudado a minha família a se prevenir de várias doenças inclusive da dengue. Por isso, apoio e sanciono essa lei para que a população de Natal também tenha acesso a esse medicamento e também possa estar protegida. O nosso primeiro passo é fazer teste em uma comunidade específica para depois chegar a toda cidade”, declarou a prefeita Micarla de Sousa.

A lei sobre o uso da homeopatia que de autoria do presidente da Câmara Municipal, Edivan Martins, propõe que a medicação poderá ser ministrada nas comunidades da capital potiguar em que ocorrem os maiores índices de infestação da dengue ou nas áreas onde a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) definir como prioritárias ou de risco iminente de proliferação.

Um dos bairros que poderão ter ministrado estes medicamentos homeopáticos é Mãe Luiza, uma das áreas da cidade com maior incidência de casos da doença, de acordo com os dados da SMS. Para que a medicação homeopática seja aplica, a lei determina que seja executada pelas unidades de saúde na dosagem prescrita por profissional responsável.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Edivan Martins destacou a eficácia do tratamento homeopático contra a dengue em outras cidades do país. “Em cidades como Macaé, São José do Rio Preto e Vitória o tratamento homeopático já é utilizado e tem contribuído para reduzir de forma significativa os casos de dengue. Agradeço a prefeita por ter essa iniciativa de permitir que esses estudos e tratamentos passem a realizados também com os natalenses”, disse Martins.  

Com informações da PMN

24 de mai. de 2011

PRÊMIO BOIRON DE INCENTIVO À PESQUISA EM HOMEOPATIA - 2011

O laboratório francês BOIRON, maior fabricante de medicamentos homeopáticos do mundo, divulga com imenso prazer o lançamento do “Prêmio Boiron de Incentivo à Pesquisa em Homeopatia”.
O regulamento encontra-se no nosso site (http://www.boiron.com.br) e as inscrições terão início em 11 de abril de 2011 e término em 24 de junho de 2011. As inscrições são gratuitas, de caráter individual e intransferível.
A concessão do Prêmio visa incentivar a realização de pesquisa científica em todos os domínios de aplicação da Homeopatia desenvolvida por profissionais e estudantes no Brasil.
Este, sem dúvida, é mais um dos projetos de sucesso e estímulo para o seguimento, idealizado pela Boiron com o intuito de dar o devido reconhecimento aos profissionais que, assim como a Boiron, trabalham com tanta seriedade e afinco para o crescimento e divulgação da Homeopatia.
Estão aptos a participar todos os pesquisadores maiores de idade residentes e domiciliados no território nacional e que tenham conduzido a pesquisa em território nacional. Os trabalhos já deverão ter sido iniciados ou terem sido concluídos nos últimos cinco anos
COMISSÃO JULGADORA:
O julgamento do melhor trabalho será realizado por uma Comissão Científica Julgadora formada por cinco profissionais com expertise na área. A Comissão ficará responsável por avaliar os trabalhos, de acordo com critérios de avaliação e desclassificação previstos no Regulamento.
A formação da Comissão é de responsabilidade da Boiron e, visando manter a imparcialidade do processo, seus membros não poderão ter participado de nenhum dos projetos inscritos.
DIVULGAÇÃO DO RESULTADO E PRÊMIO
O resultado será divulgado através de uma nota de imprensa e no site da Boiron (http://www.boiron.com.br) no dia 21 de novembro de 2011, e o vencedor receberá o valor monetário de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Boa sorte!
Boiron Medicamentos Homeopáticos

12 de mai. de 2011

Evento promovido através da parceria entre a SOBRACID e o laboratório Boiron mostra a força da homeopatia gaúcha

Numa parceria com o laboratório Boiron, o DPICSB da SOBRACID, trouxe a Porto Alegre a Dra. Maria Isabela de Almeida Prado para uma palestra sobre Homeopatia.
A Dra. Maria Isabel que é farmacêutica e membro do Comitê de Homeopatia do Conselho Federal de Farmácia e ex-presidente da ABFH, falou para uma platéia de mais de 40 pessoas de cirurgiões-dentistas, médicos, médicos veterinários e farmacêuticos.
O encontro foi prestigiado por autoridades da Homeopatia gaúcha.
Para os próximos meses estão programadas outras atividades pelo Departamento.


17 de abr. de 2011

70 Anos da Liga Homeopática

A ABCDH/RS, através de seu presidente, Dr.Rubens Garavello Machado, esteve presente as comemorações dos 70 anos da LIGA HOMEOPÁTICA.Na ocasião foi inaugurada uma efígie, pela presidente, Dra Elisandra Pezetta, de Davi de Castro, médico homeopata que fundou esta Instituição em 1941.



30 de mar. de 2011

2º Congresso de Homeopatia da APH



Estimado(a) colega homeopata,
A Associação Paulista de Homeopatia tem o prazer de convidá-lo a participar do seu 2º CONGRESSO, que será realizado de 13 a 15 de outubro de 2011. O evento terá como tema "HOMEOPATIA E MINERAIS", e traz como convidado JAN SCHOLTEN.
Neste Seminário, abordaremos a Teoria dos Elementos, que irá permitir que você entenda o reino mineral de forma mais profunda e mais extensa. Esta teoria explica a essência de cada elemento a partir de sua posição na tabela periódica. Isto é feito através da compreensão dos temas e essência de cada coluna e linha desta tabela. A teoria torna o diagnóstico diferencial entre os remédios mais preciso e rápido. Ela permite que você como homeopata possa prescrever os remédios a partir de um ponto de vista analítico, possibilitanto prescrever substâncias até então desconhecidas com resultados confiáveis e satisfatórios. Uma maior gama de remédios pode então ser entendida e prescrita resultando assim num maior número de curas.
Acesse o site do nosso convidado Jan Scholten: http://www.janscholten.com/janscholten/Welcome.html
As vagas são limitadas. Inscreva-se até amanhã e pague a inscrição em até 5 vezes no cartão de crédito ou tenha desconto no valor à vista.
Categorias
Até 31/03
Até 30/06
Até 30/09
No Local
Sócios APH e ABCDH
R$ 890,00
R$ 1.020,00
R$ 1.100,00
R$ 1.210,00
Não Sócios
R$ 1.150,00
R$ 1.330,00
R$ 1.400,00
R$ 1.500,00
Não sócios inscritos no Sem. (Sankaran) 2010
R$ 1.020,00
R$ 1.175,00
R$ 1.250,00
R$ 1.355,00

Convite para Comemoração dos 70 Anos da Liga Homeopática do RS

22 de mar. de 2011

Cursos de Especialização e Habilitação em Homeopatia 2011


CONVITE
O Departamento de Práticas Integrativas e Complementares à Saúde Bucal da SOBRACID tem o prazer de convidá-lo para a Palestra de Apresentação dos Cursos de Especialização e Habilitação em Homeopatia de 2011 - ALPHA/SOBRACID (início das aulas previsto para o dia 29 de abril).
Local - auditório da SOBRACID (Porto Alegre, RS. Av. 24 de Outubro, 1600)
Data - 09 de abril as 09h (entrada franca)


18 de fev. de 2011

Associação Paulista de Homeopatia convida


Mais uma vez, a APH está promovendo uma atividade científica. Programamos para este ano a vinda do médico homeopata holandês Jan Scholten, que abordará o tema: Homeopatia e Minerais.
Scholten foi um dos pioneiros na classificação dos medicamentos segundo os três reinos da natureza, focando basicamente as substâncias do reino mineral. Através do estudo dos medicamentos de mesma origem, das intoxicações e dos resultados práticos obtidos com seus pacientes, ele desenvolveu um método de análise das substâncias em grupos e famílias. A aplicação deste processo resultou em tal sucesso que ele o transferiu para o estudo da tabela periódica e descobriu padrões relacionados às linhas e colunas dessa tabela.  Desta forma, a análise dos casos mostrou-se muito mais direta, resultando numa melhor precisão e porcentagem alta de curas.

Não percam esta singular oportunidade de conhecer o autor deste trabalho original e fascinante. Reserve os dias 13, 14 e 15 de outubro de 2011 para participar do II CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE HOMEOPATIA.
Em virtude do sucesso e aceitação do público em 2010, na realização do Seminário do Rajan Sankaran, o II Congresso será realizado no teatro da União Cultural.

Faça sua inscrição e aproveite os descontos e o parcelamento. Estamos certos que serão dias de aprendizado, reciclagem e congraçamento.

Um forte abraço e até breve!

Comissão Organizadora
II Congresso da APH

4 de fev. de 2011

Manifesto da ABCDH-NAC e ABCDH-RS - Movimento dos céticos contra homeopatia pode cometer crime se consumir medicamentos sem prescrição em praça pública

Movimento dos céticos contra homeopatia pode cometer crime se consumir medicamentos sem prescrição em praça pública

 Ação atinge uma das políticas públicas de saúde adotadas em nosso país
 “Um ato de irresponsabilidade contra a saúde pública que pode ser impedido pelas autoridades, tanto sanitárias quanto da segurança”, diz a presidente da Associação Brasileira de Farmaceuticos Homeopatas (ABFH), Márcia Gutierrez, sobre o ato do movimento dos céticos contra a homeopatia que vai tomar medicamentos sem prescrição médica na Praça Benedito Calixto no sábado pela manha para tentar comprovar que eles são ineficazes. A idéia é demonstrar que não há qualquer reação adversa e que por isso, tais medicamentos não têm eficácia.
De acordo com a lei penal, este ato pode configurar crimes de indução ao suícidio, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.
Até respeitamos a manifestão de opinião deles, mesmo sem qualquer fundamento, mas não vamos ficar olhando passivamente alguém ou um grupo induzir outras pessoas a fazer esta insanidade, algo até ilegal, declarou a dirigente da ABFH. A entidade está oficiando os órgãos sanitários da capital paulista e do Estado de São Paulo para que tomem todas as providencias cabíveis. Outras instituições estão sendo estimuladas a se manifestar em conjunto, como a Anfarmag – Associação Nacional de Farmaceuticos Magistrais, o CRF-SP – Conselho Regional de Farmácia, CRM – Conselho Regional de Medicina, e outras entidades de médicos e farmácias ligados à homeopatia.
Queremos alertar sobre os riscos deste tipo de evento, diz a presidente da ABFH. “A prática proposta por esse grupo torna-se perigosíssima à saúde dos manifestantes, tendo em vista que os medicamentos homeopáticos devem ser tomados observando as prescrições e recomendações médicas, podendo desenvolver em pacientes, sensíveis a eles, uma série de sinais e sintomas peculiares ou mesmo a gravação de sintomas de enfermidades pré-existentes. Também a prática proposta pode levar insegurança e pânico aos milhares de pacientes que no Brasil e no mundo fazem uso da homeopatia como escolha terapêutica e que influenciados por este episódio poderão optar pela interrupção do tratamento vigente expondo-os também a sérios riscos de comprometimento de seu estado saúde.
 Esta faceta do movimento dos céticos nasceu na Inglaterra por conta da disputa comercial por verbas públicas destinadas à compra de medicamentos. Partidários dos laboratórios farmaceuticos conseguiram proibir que o contribuinte ingles usasse o direito de restituição de gastos com medicamentos nos tratamentos homeopáticos. Uma briga que envolve quantia de quatro milhões de libras ano.
O resultado deste jogo de interesses estimulou a exportação da disputa para outros países, entre os quais o Brasil. Primeiro, com informações e matérias para quebrar a credibilidade da homeopatia, todas sem fundamento. A forma como se manifestam agrada a mídia. A atitude deles é a oposta do perfil da homeopatia em todo o mundo, discreta e profissional. Tanto que os estudos sobre a eficácia do medicamento homeopáticos são divulgados quase que exclusivamente no âmbito científico, médico e farmacêutico. Isto acontece para impedir que tais medicamentos sejam vistos como panacéias.
O respeito construído por informações sólidas ao longo dos anos fez a farmácia de manipulação brasileira, na qual a homeopatica se insere, construir um sistema de atendimento que tem por bases a legislação e inspeção sanitária mais rígida do mundo, a utilização de insumos com altos níves de controle de qualidade, uma dispensação ativa de medicamentos inspiradora de regulamentação sanitária para todo tipo de farmácia.
 Os médicos adeptos da manipulação de medicamentos, e da homeopatia em particular, são em sua grande maioria aqueles que se recusam a descumprir o príncipio ético de se valer de todos os recursos ao alcance da medicina para propiciar o melhor tratamento aos seus pacientes. As evidencias demonstram que esta postura bate de frente com os interesses de setores do mercado.
 A prescrição de medicamentos manipulados alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos é reconhecido por autoridades de saúde pública em todo o mundo e constam dos protocolos médicos e farmacopéicos como a Farmacopéia Brasileira. E suas formas de elaboração são tão rígidas quanto à da indústria, seu índice de problemas com o consumidor é menor do que a indústria farmaceutica, não tem a frequente
interdição de lotes como pode ser visto regularmente na ANVISA, e passa bem longe do nível de problemas detectados nas redes de farmacia que vendem medicamentos industriais.
 
HOMEOPATIA ESCLARECIMENTO A POPULAÇÃO
A Homeopatia, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ocupa hoje um importante
espaço na medicina brasileira e mundial, e caminha em direção à sua plena institucionalização. 
Reconhecida, como especialidade médica, farmacêutica, veterinária e odontóloga por seus respectivos Conselhos de Classe Profissional, a Homeopatia se consolida pela ampla aplicabilidade na restauração da saúde, pela boa aceitação dos que dela se utilizam e principalmente pelo sucesso terapêutico.
 No Brasil, medicamentos homeopáticos somente podem ser prescritos por médicos, veterinários e odontólogos e manipulados ou adquiridos em farmácias ou drogarias sob a responsabilidade do farmacêutico homeopata sendo vedada a prescrição e/ou manipulação de medicamentos homeopáticos por leigos.
Medicamentos homeopáticos são seguros e eficazes. Seu modo de preparo peculiar está oficialmente descrito na Farmacopéia Homeopática Brasileira e as normas sanitárias para o preparo em farmácias de manipulação e registro de especialidades industrializadas são publicadas pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Como todo medicamento só devem ser administrados para prevenção e tratamento de enfermidades.
 Estima-se que 15.000 médicos no Brasil tenham especialização em homeopatia e 2100 estabelecimentos farmacêuticos manipulem homeopatia sob supervisão de um especialista homeopata.
 Em 2006 o Ministério da Saúde editou portaria que inclui no SUS a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, onde destacam-se entre outras racionalidades, a homeopatia. Com este ato os gestores de saúde de estados e municípios são autorizados e incentivados a oferecer em seus serviços o atendimento em homeopatia. Em 2009 o SUS atendeu quase 400 mil pacientes, com homeopatia. 
 O Brasil é um dos poucos países no mundo onde entidades de classe organizadas são legítimas representantes das diferentes atividades em homeopatia. Nacionalmente a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), a Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas (ABFH), Associação Médica Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB) e a  Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas Homeopatas (ABCDH), respondem pelos interesses de suas classes profissionais.
 Internacionalmente o Brasil está representado por médicos, farmacêuticos, veterinários e odontólogos que atuam em inúmeros grupos de referência para a difusão científica da homeopatia sendo os mais importantes a LMHI – Liga Médica Homeopática Internacional e GIRHI – Grupo de Pesquisa em Diluições Infinitesimais. Pesquisadores brasileiros tem se destacado em eventos internacionais com a apresentação de trabalhos de cunho científico na área clínica, em pesquisa básica e na farmacotécnica
homeopática.
 A longevidade desta terapêutica, a legitimação, a legalização e inserção como terapêutica no serviço público de saúde ocorre pela qualificação dos profissionais envolvidos com a homeopatia. Há mais de 40 anos acontecem anualmente Congressos, Encontros, Jornadas, Simpósios e Seminários que promovem a atualização  científica e integração entre os profissionais.
 Indústrias farmacêuticas homeopáticas nacionais e internacionais realizam pesquisas no desenvolvimento de seus medicamentos, utilizando e promovendo diversos pesquisadores brasileiros através de parcerias com as Universidades. Farmácias de manipulação fazem parte de inúmeros protocolos de pesquisa em instituições de ensino e pesquisa preparando e fornecendo medicamentos.
 Muitas dificuldades ainda são enfrentadas, dentre as quais ataques que a Homeopatia vez por outra sofre, geralmente por parte de pessoas que desconhecem os princípios que norteiam a prática homeopática. O princípio da similitude homeopática subsiste, mostrando sua eficácia clínica por meio da cura de milhares de pacientes em todo o mundo, há mais de 2 séculos.

29 de jan. de 2011

Ciência, Homeopatia e o Prêmio Nobel Luc Montagnier.

Autora: Amarilys de Toledo Cesar, farmacêutica homeopata 
amarilys@hncristiano.com.br 

Muitas pessoas consideram que cientistas são pessoas acima de qualquer suspeita, pois tudo o que fazem é ciência, é comprovado, está acima de dúvidas. 

Alguns sabem que nem sempre é bem assim. Que, como em qualquer outra área, há “partidos”, defesa de crenças, uso da estatística para salientar determinados resultados, e assim comprovar determinadas ideias. 

Por isto, é muito bom saber que um cientista francês, virologista e ganhador do prêmio Nobel de 2008 pela descoberta do vírus da AIDS, Luc Montagnier, aos 78 anos mantém a coragem de se expor ao que está sendo chamado de “terror intelectual”. 

Ele decidiu liderar um novo instituto de pesquisa na Universidade de Jiaotong, em Shangai, para estudar ondas eletromagnéticas que emanariam de soluções altamente diluídas de DNA de vários patógenos, conforme publicou em 2009 em 2 artigos (veja em “Electromagnetic Signals Are Produced by Aqueous NanostructuresDerived from Bacterial DNA Sequence s” Luc Montagnier, Jamal Aissa, Stéphane Ferris, Jean-Luc Montagnier, Claude Lavallee, Interdiscip Sci Comput Life Sci (2009) 1: 81-90). 

Segundo ele, a presença destes sinais poderia comprovar a origem bacteriana ou viral de diversas condições patológicas, incluindo autismo e mal de Alzheimer, sugerindo novas terapias. 

Para nós homeopatas, estes novos trabalhos nos lembram do que passou o também cientista francês Jacques Benveniste, descobridor do fator de ativação de plaquetas. 

Benveniste publicou, na revista Nature, em 1988, um artigo sobre a atividade biológica de soluções de anticorpos de imunoglobulina E, altamente diluídas até um fator 10 a centésima vigésima. 
Dizia não saber explicar como, mas que a água destas soluções parecia manter a atividade, como se ela “se lembrasse” da substância originalmente diluída. 

Isto ficou conhecido como “memória da água”, e você poderá saber mais em http://en.wikipedia.org/wiki/Jacques_Benveniste. 

Há um livro escrito por um físico e psicólogo frances, Michel Schiff, sobre este episódio, chamado “Un cas de censure dans la science”, onde o autor descreve as dificuldades impostas pela comunidade científica tradicional, repressora de novas idéias. Muito aplicável à situação que Montaigner enfrenta hoje! 

Mas voltando a Montagnier, uma das principais revistas científicas internacionais, Science, publicou no volume 330, de 24 de dezembro de 2010, uma pequena entrevista com o cientista, que é fundador e Presidente da Fundação Internacional para Prevenção e Pesquisa de AIDS. 

Confira em http://www.sciencemag.org/content/330/6012/1732.summary. 

Quando perguntado sobre o motivo de ir para a China, sua resposta é que lá ele será responsável por um novo Instituto, para trabalhar em novas áreas que compreendem a física, a biologia e a medicina. 

O principal assunto será o fenômeno das ondas eletromagnéticas produzidas pelo DNA na água; estes fenômenos serão estudados em sua base teórica e as possíveis aplicações na medicina deste conhecimento. 

Montaigner conta que há evidências de que o DNA produz mudanças estruturais na água, que persistem mesmo quando são feitas diluições muito grandes, e que levam à emissão de sinais eletromagnéticos que podem ser medidos. 

Apesar de não conseguirem medir sinais de qualquer DNA, tem certeza de que eles são provenientes de DNA de bactérias e vírus. 

Foram encontrados sinais vindos do DNA de bactérias no plasma de muitos pacientes autistas, e também na maioria dos indivíduos com doenças como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla. 

Estas bactérias parecem estar no intestino, daí migrando para o plasma e causando danos ao cérebro. 

As ondas eletromagnéticas poderiam atuar como um biomarcador para detectar sua presença, mesmo quando isto não é conseguido através de técnicas clássicas como PCR - “Reação em cadeia da polimerase”. 

Para testar esta hipótese, ele quer verificar se consegue detectar DNA bacteriano em um grupo de crianças autistas, quando comparadas com outro grupo de crianças saudáveis, e tratá-las com antibióticos. 

O sinal de DNA das bactérias deveria desaparecer e suas condições clínicas deveriam melhorar. Ou seja, a ideia estará sendo testada se é útil para diagnóstico e também para tratamento. É possível também que algum tipo de ondas eletromagnéticas possa combater as ondas produzidas pelo DNA das bactérias. 

Mesmo sabendo que muitos cientistas veem com ceticismo sua proposta, ele diz que são fatos reprodutíveis, que estão sendo testados em outros laboratórios. 

Cita Benveniste, a quem chama de “moderno Galileu”, dizendo que ele estava muito à frente do seu tempo. 
Seus resultados não eram 100% reprodutíveis, e mesmo estando certo, acabou perdendo seu laboratório, seu dinheiro, em resumo, tudo. 

Eu mesma me lembro bem de que até muitos homeopatas colocaram seu trabalho em dúvida, acreditando que Benveniste havia apresentado resultados que foram provados como sendo falsos. 

Os cientistas clássicos consideravam que ele havia sido seduzido por idéias estranhas, da homeopatia. Os homeopatas desconfiavam, pois afinal, Benveniste nunca se apresentou como homeopata. Ele foi mesmo rejeitado por todos, como afirma Montagnier. 

Também Montaigner não é homeopata. Porém logo surgem as perguntas sobre esta terapêutica, uma vez que seu estudo também envolve o efeito de soluções muitíssimo diluídas, não explicado através da química clássica. 

Ele diz que, para ele, a homeopatia não está certa em tudo, mas que as altas diluições certamente apresentam efeitos. 

São estruturas de água que mimetizam as moléculas que as originaram. Ele tem conseguido medir sinais de soluções de DNA com diluições até 10 a décima oitava, onde já não há moléculas de DNA. 

Esta é a concentração de soluções denominadas, na homeopatia, de 9CH ou 18DH, aproximadamente. 

Aos 78 anos, Montaigner não pode trabalhar em seu país em institutos públicos, utilizando verbas públicas, segundo as leis francesas de aposentadoria. 

Sente, nos europeus, medo dos temas que está pesquisando. 
Classifica mesmo o sentimento de “terror intelectual”, e encontrou mais abertura nos chineses. 

Seus trabalhos preliminares foram publicados na revista Interdisciplinary Sciences: Computational Life Sciences, cujo editor-chefe também está sediado na mesma universidade, em Shangai. 

Afirma que não é pseudociência, mas sim fenômenos reais, que merecem mais estudo. 

Sinto-me muito mais feliz e segura sabendo que ainda existem cientistas realmente curiosos e que mantém o verdadeiro espírito científico vivo. 
Vida longa e sucesso a Montaigner e a seu trabalho! Artigo disponível em: . Acesso em: 28/01/2011.